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Evolução Tática do Futebol no mundo em 40 anos

Evolução Tática do Futebol no mundo em 40 anos

1984 - 2024

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A Evolução tática do futebol no mundo em 40 anos foi ZERO. Não evolui absolutamente nada, ao contrário até regrediu.

Voltamos ao 4-3-3 dos anos 70, Hoje o mundo joga com dois pontas abertos e um centroavante e ainda acabaram com os meias. UMA LÁSTIMA

Veja a prova nesse texto abaixo que foi editada em 1990, e ainda todo o texto encaixa perfeitamente nos dias de hoje 2024. POBRE FUTEBOL. TEXTO NA ÍNTEGRA

CésioRosadeSousa

VARA CURTA no futebol

FUTEBOL DO FUTURO

O mundo atravessa a maior crise futebolística da historia, os artistas da bola, estão sendo dirigidos por maestros ultrapassados e estacionários sem evolução tática e técnica e para completar, os clubes são dirigidos por administradores financeiros bem sucedidos, porém leigos e despreparados para o futebol, consomem fortunas dos patrocinadores e não atingem os resultados de objetivo. As escolinhas de futebol são verdadeiras caça niqueis, o único propósito é a mensalidade que o pai esperançoso de um orgulho futuro de ter um filho craque, paga todos os meses pontualmente.

Na terra do futebol, quem tem um olho é Rei.

Em terra de cego, quem tem um olho é rei, infelizmente a realidade do futebol é essa, todos ficaram cegos por excesso de orgulho, é só arrumar um clube, profissionalizar e chegar a seleção, se possível; depois pendura as chuteiras, arruma um clube e vai ser técnico. Aquele que tem um olho, reina absoluto; coleciona fortunas; seja empresariando, dirigindo clubes, supervisionando, auxiliando tecnicamente e sendo técnico e se não der certo de se encaixar em nenhuma destas, abre uma escolinha, para que estudar futebol. O curriculum de ex atleta o habilita e o credencia, segundo os despreparados dirigentes de clubes. A imprensa esportiva é um verdadeiro festival de ignorância futebolística, apenas 10% da imprensa conhece um pouco de futebol os demais, pensam que conhecem futebol. Futebol é complexo, para comentá-lo e tecer criticas é preciso estudá-lo.

Clube Empresa

Começando pelo dirigente de clube que tem a responsabilidade de aplicar e administrar o dinheiro do patrocinador, (que diga-se de passagem, anda sumido, cansado de investir no escuro), o dirigente necessita de assessoria técnica remunerada competente, é como dirigir uma empresa, com organograma estrutural, com seus departamentos respectivos e a área de produção, todos tem que tocar e dançar a mesma musica, aquele que não entoa, demite-se. A empresa tem a recepção, o departamento pessoal, contabilidade, financeiro, vendas e a área de produção com suas chefias. O futebol é a mesma coisa, não se dirige sozinho. O vaidoso abre falência e cai no descredito. Os clubes devem investir nas categorias de base, criando departamento amador sério e competente, com dirigentes técnicos capacitados, absolvendo os talentos das escolinhas caça niqueis, que não devem receber pela cessão do futuro atleta, pois já são remuneradas pelas mensalidades; trabalharem esses jovens promissores técnica e taticamente, principalmente tática, que é a base do futebol do futuro.

Técnico de futebol

Para ser técnico de futebol não basta querer, é preciso ter talento; como o atleta. Não se faz craques, aprimora-se. A mesma coisa se aplica aos técnicos, Não se forma técnicos em escolas, ele já nasce com o talento para técnico, apenas aprimora-se. O técnico de futebol é pai, é professor, é psicólogo, é líder, é profundo conhecedor técnico/tático é estudioso eterno do futebol; ele levanta futebol, almoça futebol, janta futebol e dorme futebol. Como vêem, não é fácil ser técnico de futebol competente.

O Talento Tele Santana

O maior talento técnico surgido no mundo do futebol, é Tele Santana, reuniu quase todas as qualidades que a função exige, infelizmente sua saúde o impediu de continuar seus estudos eternos. A renovação de talentos técnicos não vem ocorrendo no Pais do futebol, os poucos que surgiram, se julgam erroneamente super capacitados e senhores de toda sabedoria, não buscam alternativas táticas inovadas, talvez preocupados em manterem seus empregos, em detrimento de novas formulas táticas, que necessitam da pratica laboratorial, nem sempre coberta de êxito imediato.

A nivelação do futebol

O Atleta de futebol não recebe orientação tática quando de sua formação nas categorias de base e isso o torna hoje limitado e equiparado aos menos talentosos, é por essa razão, que países sem nenhuma tradição no mundo do futebol, equilibram as competições e até conseguem resultados expressivos. O Atleta de futebol necessita conscientização de que a forma física e a disciplina tática, somados ao seu talento, é que fazem a diferença e o tornam os melhores do mundo.

O fim do Centroavante

Alguns anos atrás, quando se aboliu os pontas, houve muita critica e resistência, logo vieram os alas, foi o começo da evolução tática, que acabou se firmando e sendo aceito por todos. Sem nenhum receio de errar, afirmo com toda segurança, que assim como os pontas, o centroavante está com seus dias contados, não existe mais espaço para o homem de referencia de área, o centroavante terá que aprender a marcar e armar para deixar de ser centroavante e se tornar atacante com obrigação de marcar, armar e finalizar.

O Esquema do futuro 3-3-4

A evolução tática caminha para um conjunto de atacantes de seis homens, sendo quatro meias atacantes, em movimentos constantes circulares, com trocas de posicionamento continuo, somados a dois alas vindos de trás, com função de armação e destruição a frente da zaga, no alinhamento do defensor. Eu explico. A defesa é composta de três zagueiros com marcação por zona, um defensor a frente dessa zaga, que é na realidade o cabeça de área atual, dois alas de destruição e armação pelas laterais e quatro meias atacantes, que se revezam em movimentação continua na marcação, criação e finalização, culminando com o ataque em bloco e defesa em bloco, com muita velocidade e mobilidade tática, o 3-3-4. É evidente que para o esquema obter êxitos, é preciso que todos marquem quando a posse de bola for do adversário e com marcação agressiva forte até a retomada da bola.

Ronaldinho Gaúcho, o Pelé da era 2000

O futebol não esta nivelado por baixo, o talento existe no mesmo nível dos grandes talentos do passado, o que ocorre é a falta de evolução e criatividade dos grandes técnicos que estacionaram taticamente e em contra partida os técnicos menos expressivos evoluíram ao nível dos grandes e equipararam com esquemas táticos aplicados e neutralizantes da criação dos talentos, isso tornam todos competitivos e nivelados. A partir do momento que os grandes clubes, que possuem em seus planteis jogadores mais talentosos, acordarem para a necessidade da plena movimentação continua dos atacantes e meias de criação, tornando todos um conjunto de jogadores de criação, ataque e finalização, com consequente extinção do meia direita, meia esquerda e centroavante, abolindo definitivamente o atleta que só sabe atuar em determinados setores do gramado, como o centroavante que só joga enfiado, o meia esquerda que só tem pé esquerdo e só sabe atuar na esquerda ou o meia direita que só tem pé direito e só sabe atuar no setor direito, ou os alas que só sabem apoiar e efetuar cruzamentos. Os alas precisam além de apoiar e cruzar com eficiência saberem criar jogadas, efetuar armações de meio campistas, hoje os alas são jogadores de marcação, criação, apoio e finalização. Roberto Carlos e Cafú já são alas superados, são deficientes, não criam, não participam da armação de meio campo, por essa razão Luis Felipe foi obrigado a escalar dois volantes em um esquema que comportaria apenas um. No momento o atleta mais completo no Brasil é Ronaldinho Gaúcho, arma com precisão, desloca com facilidade, ataca e finaliza, é um pouco deficiente na marcação, mas mesmo assim é o Pelé do momento, falta técnico para explorar suas qualidades devidamente.

Preparação Física - evolução mundial

A preparação física evoluiu acentuadamente principalmente no exterior, o atleta de futebol profissional esta preparado para voar dentro do campo e esta voando, os estrangeiros neutralizam o talento brasileiro utilizando o condicionamento físico aliado a forte marcação, infelizmente por falta de evolução tática dos técnicos brasileiros, os menos talentosos, estão equilibrando. O jogador brasileiro está tão bem condicionado quanto o estrangeiro, também esta voando, só que voando errado dentro do campo, por absoluta falta de orientação tática de seus treinadores estacionários, que ainda utilizam esquemas superados e aquém dos tempos atuais, muitos alegam que o futebol de hoje não deixa espaços para o talento criar, é verdade, o sistema defensivo evolui, enquanto o ofensivo estacionou, os treinadores preferem marcar evitando a derrota e esperar um golpe de sorte de um gol, do que criar novas ofensivas, que dificultem a marcação, infelizmente nossos grandes técnicos não são humildes e não aceitam discutir o plano tático ofensivo, se julgam os únicos entendidos de futebol e com isso apenas copiam o sistema defensivo dos menos talentosos estrangeiros. A única forma de fugir a marcação implacável dos adversários, é a movimentação constante em círculos com utilização de jogadores de mobilidade, armação, criatividade e finalização e que tenham habilidade com os dois pés, enfim que tenham aprimorado nas categorias de base os fundamentos do futebol moderno , (marcação, armação, criatividade, finalização, cabeceio, criação de espaço vazio e ocupação do espaço ).

O 4--4--2, 3-5-2 e 3-4-1-2

O superado esquema 4-4-2 facilmente neutralizado, que ainda prevalece no Brasil e é defendido pela maioria de ex atletas, hoje técnicos, oferece apenas triangulações laterais do atacante, meia e ala, que já são totalmente previsíveis e neutralizáveis e a penetração do volante pelo meio, que é chamado homem surpresa, que a muito tempo, deixou de ser surpresa. É muito pouco criativo e pobre para o Pais do futebol. Alguns até tentam inovar com o 3-5-2 ou 3-4--1-2, que sem a utilização adequada da característica do atleta para o esquema, que é o caso do Luís Felipe com os dois alas fora de características para o esquema adotado, porem louvo seu trabalho pela mudança tática e ofensividade do 3-5-2 tentado e o atual 3-4-1-2 que prevaleceu, embora com alguns erros, mas pelo menos teve coragem de renovar e inovar. Para que o futebol do futuro possa emplacar no Brasil, o atleta em formação, terá que receber orientação séria e capacitada, de homens talentosos e profundos conhecedores da matéria.

Césio Rosa de Sousa

R.G. 9.154.810

Janeiro de 1990

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